O Ministro das Finanças descobriu o Excel e como grandes descobridores que somos / fomos decidiu usá-lo para transcrever o Memorando e deixar uma lista de coisas a fazer (To Do List) aos seus sucessores. Muito inteligente.
Pode ser que esteja a facilitar a passagem das pastas, mas o que é estranho é que se confundem medidas com resultados esperados o que dificulta a apreciação e a tomada de decisão e, ao mesmo tempo, se faz isso numa tabela que parece um índice do memorando como que um auxiliar e leitura.
Enfim, já esperámos muito do governo mas agora vê-los a dar prazos àquilo que em 6 anos não conseguiram fazer é, no mínimo, estranho. Só alguns exemplos:
Para que precisamos de entidades externas que nos digam que é preciso
«Reduzir os cargos dirigentes e os serviços em, pelo menos, 15% na administração central»
ou para
«elaborar uma análise detalhada do custo/benefício de todas as entidades públicas ou semi-públicas, incluindo fundações, associações e outras entidades, em todos os sectores das administrações públicas».
Há dezenas de pérolas destas na lista e só me fazem pensar que durante os 2 anos de crise só pensaram em sacar aos contribuintes em vez de encolherem as benesses à «família do centrão».
Só com a descoberta do Excel o MF pode finalmente fazer uma lista de coisas a fazer, mas teve de deixar para os outros o trabalho.
Será?
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