quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Negociar afinal é fácil!

O IOnline dizia hoje no final do artigo sobre a negociação do Orçamento:

«Se falhar o acordo com o PSD, o governo terá no CDS a segunda opção mais viável. Igualmente preocupado com a situação do défice e do endividamento do país, o partido de Paulo Portas porá na mesa de negociações com o governo um conjunto de propostas que tem como prioridade a revitalização das PME. Menos disponíveis para entendimentos estarão os partidos à esquerda do PS. O BE e o PCP aceitaram dialogar com o governo, mas não escondem as suas reservas em relação à real disponibilidade do executivo para aceitar acordos.»

Então é mais do que claro, é evidente que opções de acordo são por todo o lado e se falharem à direita ainda podem tentar acordo à esquerda. O problema é a vontade verdadeira de acordar alguma coisa.

Habituado que anda a fincar o pé nas suas asneiras, o Governo vai continuar a fazer de coitadinho e, em vez de procurar acordos, vai dizer que eles não querem é fazer o que ele Governo quer. Dar  Amens às vontadinhas e à agenda de prioridades estranhas do Primeiro-Ministro. Criar conflitos para abrir caminho a eleições.

O casamento gay como primeira grande realização do Programa de Governo, quando a situação social é a pior desde o salazarismo, quando a economia está de rastos e quando falta uma direcção para sair do túnel em que Portugal foi sendo enfiado por estes Centristas do PS-PSD.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Todos Gerem Projectos. Será mesmo assim?

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O que se faz primeiro: As autoestradas? O TGV? O Aeroporto? Os hospitais novos? etc?

Numa empresa confrontamo-nos constantemente com a impossibilidade de identificar e valorizar todos os projectos e programas em que os nossos recursos estão envolvidos. Quanto dinheiro está envolvido? Quais são os recursos? Que projectos são prioritários e porquê?

Gestão, em definição breve e mais ou menos consensual, será realizar o conjunto de tarefas que procuram garantir a afectação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização, afim de serem atingidos os objectivos pré-determinados.

Gerir Projectos será a actividade de executar um conjunto de actividades estruturada num plano para alcançar esses objectivos pré-determinados, através de resultados cumulativos.

Em qualquer dos casos, prevê-se uma necessidade de acompanhamento e controlo da realização das actividades que, no caso de realização de complexos projectos, exige a utilização de processos claros e transparentes e que envolvem sempre a comunicação com outros interessados, o controlo das contingências comuns de tempo, custo e objectivos, respeitando a qualidade dos resultados - actividades regulares e com recurso a processos de gestão proactiva e previsão.

Tudo isto não é fácil! Exige conhecimento, persistência e rigor. Estamos TODOS a gerir os nossos projectos com rigor, se é que os estamos a gerir? Parece-me que não. Julgo que este é também a precepção da maioria das pessoas. Para evitar o insucesso e o caos, vai-se gerindo alguns dos processos que parecem mais essenciais, prioritários ou urgentes, ou seja, apagar fogos.

Na maior parte dos casos verifica-se que se confunde projecto com actividades regulares e quotidianas. Ao contrário, grandes programas de projectos diversos para obtenção de etapas estratégicas de uma companhia ou de um ministério ou governo, são identificados como um projecto mas não são atribuídas autoridade de gestão e responsabilidade.

Um bom exercício de gestão seria exigir às companhias, aos responsáveis do Estado, que identificassem os seus programas e projectos e os analisassem e identificassem as prioridades da sua realização.

O que se faz primeiro: As autoestradas? O TGV? O Aeroporto? Os hospitais novos? etc? Tudo ao mesmo tempo é a solução de quem não conhece os problemas.

É muito mais fácil sugerir soluções quando se conhece pouco do problema.